Primeiro seria um diário e um simples exercício da Língua Portuguesa. Depois,uma tentativa de distração "extra" entre a dedicação à monografia, uma reflexão sobre a vida, um "depósito" de dicas sobre leituras e cinema, um espaço de discussão sobre o Direito, uma exposição de sentimentos, uma mostra de fotos, a partilha de ótimas experiências, o relato de viagem e lugares inesquecíveis, um refúgio do meu eu e do eu dos outros. Enfim! Aqui você vai ler De tudo um pouco... e outras coisas mais!
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Já era!
Eis o motivo da minha ausência por aqui, nos últimos dias.
Aliás, ausência daqui, do trabalho, de casa, da minha própria vida, que agora voltar a ter um pouco mais de atenção da minha parte.
Por enquanto vou ficar apreciando a obra a quem dediquei 90% da minha atenção dos últimos dias.
Em breve me dedicarei a novos textos...E OUTRAS COISAS MAIS!!
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Comer, Rezar, Amar, Ler e Conferir!
Eu que já defendia a leitura, agora também defendo o filme - Comer Rezar e Amar, de Elizabeth Gilbert - vale a pena ser apreciado como uma boa leitura e também como uma grande opção de cinema.
Do tipo "manual prático da mulher moderna", a história real expressa um mundo de grandes verdades sonhadas por muitas mulheres. Cansada da mesmice da vida e de suas inconstâncias e também descontente com suas relações amorosas, a autora larga tudo nos Estados Unidos, onde mora, para buscar na Itália, na Índia e na Indonésia seu equilíbrio pessoal, através de exercícios desenvolvidos pelos verbos que formam o título da Obra.
A melhor parte da história é que Liz encontra o que almeja onde menos gostaria: aos braços e loucamente apaixonada pelo brasileiro Felipe, que arremata não só seu coração como também todos os seus planos para o futuro (pausa para o suspiro: nesse papel, Javier Barden atua lindo e charmoso como nunca, fazendo com que tenhamos vontade de ir correndo à Bali encontrar um igualzinho! Feliz da Penélope Cruz que não precisará de todo esse sacrifício, aliás!).
Vale a pena conferir!
A história de Liz Gilbert continua em "A Comprometida", já que a autora permanece aos braços do buscado "equilíbrio": com nome e sobrenome, brasileiro na ficção e espanhol na verdade.
domingo, 10 de outubro de 2010
O Direito de Acesso à Justiça (mas qual delas?)
Em épocas de finalização do meu Trabalho de Conclusão, me obrigo a refletir constantemente sobre a função do Direito e o Acesso à Justiça dentre a sociedade a qual me insiro.
Ler, conhecer e entender sobre os Princípios fundamentais garantidos pela Constituição Federal e perceber o que nós NÃO as temos, enquanto sociedade, confesso, me desanima.
Minha reflexão é, em especial, acerca da garantia de acesso à Justiça de forma integral, garantida pelo art. 5º, LXXIV da Carta Magna Brasileira. Pra mim, o disposto artigo é simples e óbvio: "LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos".
Como digo coloquialmente: "Qual é a parte do ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA que o Estado não entendeu?"
Por que é os Poderes que regem a nossa administração pública continuam aceitando que órgãos privados, atuantes como seus próprios delegados das funções estatais (aqui me refiro aos Cartórios Notariais e de Registro) continuem atuando como se inexistente o dispositivo constitucional, prevalecendo seus interesses financeiros e privados?
Muitas vezes me pego pessoalizando o Estado. Tenho vontade de sentar com o Sr. Presidente da República e demonstrar-lhe que se, o Estado não tem condições de assumir sozinho a organização de seu Povo, então que delegue de forma mínima, pelo menos, a atuação dos que agem em seu nome.Afinal de contas, é exclusivamente do ente estatal a responsabilidade sobre ações de quem possui a fé pública delegada por ele.
Se não, de nada adiantam os serviços de Defensoria Pública e Assistência Judiciária das Universidades atenderem os mais pobres em nome do Instituto do Acesso à Justiça quando, na verdade, o atendimento desta verdadeira justiça ultrapassa o controle do próprio judiciário.
Como exemplo clássico da falta de coerência encontra-se o ajuizamento de ações de separação e divórcio.
Sendo possível a resolução de lides mediante os Tabelionatos de Registro Público (privatizados) como fica o benefício de Acesso à Justiça Gratuita e Integral? E de que adianta o ajuizamento de ações judiciais sob o pálio da AJG (ou seja, isentos de todas as taxas judiciárias) se sua eficácia só ocorre mediante averbação das respectivas certidões de casamento (que ocorrem sob a responsabilidade e exigência $ dos Tabeliões?).
Teriam, os pobres (à margem da miserabilidade) a obrigação de custear as exigências do cartório, quando eles exercem uma função de obrigação do próprio Estado?
Infelizmente, alguns juizes ainda se demonstram insensíveis à realidade que nos assombra. Outros, comovidos com a sensibilidade do tema são compadecidos com as necessidades que emergem o verdadeiro conceito de acesso à justiça e interpretam a Constituição Federal de acordo com a verdadeira realidade.
Essa é a discussão a qual me dedico nos últimos 60 dias, e me dedicarei de forma ainda mais intensa, nos próximos 19. Depois disso, cabe a busca pela garantia de tudo que é legítimo, que é de direito, e que é garantia, pra todos.
De camarote: o SWU!
Baseado na temática da Sustentabilidade do Planeta, transparecendo uma mistura de Woodstock com Rock in Rio, finalmente, o talvez mais esperado Festival de Música do ano de 2010 está acontecendo na Fazenda Maeda, na cidade de Itu, no Interior de São Paulo. Mais de 300 mil pessoas curtem as atrações nacionais e internacionais como O Teatro Mágico, Dave Matthews Band, Kings of Leon, Joss Stone, Rage Against The Machine, Capital Inicial, Linkin Park, Sublime With Rome entre outros.
O destaque especial (aquele que envolve o sentimento mesmo) vai para a apresentação do Los Hermanos, que voltou a se unir pra satisfazer os seus saudosos fãs com o som que só a união entre Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante consegue produzir. (E tenho a CERTEZA que todas as vezes em que eles voltam a se reunir, cada fã, assim como eu pensa: ah, bem que eles poderiam voltar a tocar juntos!)
O lado ruim da história é que, pra quem como eu, vai curtir o show do Camarote situado em seu quarto, a Banda Kings of Leon (talvez a maior atração do Festival) só autorizou a exibição, pelo Multishow, dos primeiros 45 minutos da apresentação. Assim, a exclusividade de curtir o show fica somente para quem está presente, de corpo em alma, dentre a imensa multidão.
A realização do SWU me fez lembrar o quanto estamos rodeados de (boas) apresentações e shows nessa época do ano, em nosso país. Além do Festival, ocorreu em SP e no Rio de Janeiro, na semana anterior, os shows do eterno bonitão Jon Bon Jovi e da Banda Rush. Para os próximos à Porto Alegre, as atrações ficaram/vão ficar por conta de Nando Reis, Fito Paez e do tão esperado e eterno Beatle Paul McCartney.
Vida social movimentadíssima para os admiradores da boa música mundial e das ótimas lembranças que momentos como estes produzem... É só curtir!
E eis que surge o primeiro post :)
A vontade de ter um blog sempre esteve presente comigo, numa daquelas gavetas da categoria "fazer" que a gente demora a abrir na nossa vida. Talvez por preguiça, comodismo ou até medo mesmo.
Mas o fato mais importante é que ele nasceu. Ainda sem formato definido, com cores desaproximadas de seu verdadeiro conceito, esse blog ainda vivendo sua pré-adolescência surge como instrumento da incessante busca que tem o nosso ser (ou nesse caso, o meu), da extrema vontade que temos (tenho), de expressar pro mundo qualquer que sejam as nossas (ou minhas) idéias (revolucionárias ou não) e também pela necessidade que abrange o nosso ser (ou meu) quanto às necessárias idéias partilhadas com alguém, ou até mesmo com o ninguém.
E é exatamente nesse contexto que surge o assunto para o primeiro post, de muitos: O "coletivismo" nas idéias que às vezes, não passam de simples relances nossos, ou melhor: exclusivamente meus.
Essa reflexão tem início no dia 18/12/2002. Era minha formatura de Ensino Médio e na ocasião me pediram para resumir em algumas palavras, mediante todos os demais formandos, famílias e convidados, o que significaria, na minha opinião, aquele momento para todos nós, formandos.
Me lembro como se fosse hoje, que meu discurso começou com a frase " Nós, formandos...".
Sem me dar conta, iniciei o discurso falando em nome de uns 200 conhecidos que ali encerravam um dos ciclos de suas vidas, sem qualquer tipo de procuração (aí escreve a futura jurista).
Eu jamais fazia idéia do que se passava na mente e no coração dos meus 199 outros colegas acerca daquele importante momento, mas falei em seus nomes, pelo menos mediante aquela imensidão de gente que parecia extremamente interessada no que eu tinha a expressar.
Depois do discurso, ouvi elogios e agradecimentos pelas palavras em nome dos formandos. Palavras essas que, ao bem da verdade, não eram nada além das minhas próprias idéias que estavam sendo expostas naquele momento, sem nenhum consentimento prévio.
Além dos elogios, recebi de mim mesma o reconhecimento pela ousadia prosseguida da cobrança pessoal pelo posicionamento ousado em frente a um grande público, falando em nome de todos ali.
Buscando informações acerca do meu ato egocentrista, houve quem disse que discursar na terceira pessoa do singular significava o espírito coletivo e de grupo que de muito vinha impregnado em minhas atitudes. Outros, que na verdade era apenas a forma política com que eu sempre me posicionei durante a minha formação normal, seja isso bom ou ruim.
Independente das opiniões ou posicionamentos, o fato é que eu mesma sempre me indaguei acerca desse tipo de postura.
Falar, escrever ou me posicionar achando que trata-se de uma idéia ou postura unânime ou coletiva pode, às vezes, ultrapassar as barreiras da ousadia e beirar uma espécie de imposição desnecessária.
Assim, caros leitores, registro a partir desse momento pessoal que estes posts tratam-se apenas de posições minhas, pessoais e que a forma de generalizar algumas coisas dentre o coletivo nada mais é do que um vício de linguagem ou uma simples força de expressão.
Muita ousadia querer me apropriar das minhas próprias idéias de forma generalizada a tanta gente que pensa, fala, escreve e vive de forma tão diferente e que graça a essa diversidade, forma o espetáculo tão imponente que é viver.
Sejam bem vindos a este "antro" de loucuras, coisas sérias, receitas, dicas ou meros devaneios sobre o que a vida pode oferecer a cada um de nós... ou melhor: do que ela já ofereceu pra mim e o que eu quero simplesmente compartilhar com cada um de vocês.
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